sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Silêncio dos Inocentes



SINOPSE: O assassino em série Buffalo Bill anda aterrorizando o interior dos EUA. Suas vítimas são sempre mulheres, tendo as roupas rasgadas, a pele esfolada e ainda levam de brinde um casulo de borboleta inserido na garganta. Para resolver o misterioso caso, é convocada a agente em treinamento do FBI, Clarice Starling (Jodie Foster), que contará com uma ajuda nada ortodoxa - o doutor em psicologia, Hennibal Lecter (Anthony Hopkins) - na tentativa de compreender o perfil do assassino e assim encontrá-lo. Porém, o Dr. Lecter é também um assassino em série que tinha o costume de comer partes de suas vítimas.

MINHA ANÁLISE: O filme é ótimo! Transitando entre os gêneros policial, supense e até um toque de horror, todas as suas cenas funcionam. Com uma Jodie Foster mais do que inspirada, conseguimos sentir a tensão crescente ao longo da projeção, e claro, tememos pelas vítimas. Um filme já clássico!

MELHOR CENA: Sem dúvida a cena do primeiro encontro entre a agente Starling e o Dr. Lecter. Sentimos todo o pânico juntamente com Jodie Foster, enquanto ela desce um corredor lúgubre que a leva até dar de caras com Anthony Hopkins encarcerado. A cena é tensa e causa arrepios - vamos acompanhando lentamente todos os passos dados pela agente e conhecendo os demais prisioneiros. Apesar do pouco tempo em cena ao longo do filme, Hopkins brilha nessa em particular ao conversar com Foster... chega até a ser hilário, o momento em que ele exibe seus dentes, sentindo o "cheiro da presa" - com certeza, a cena que lhe rendeu o Oscar de melhor ator, apesar de seu papel ser claramente de coadjuvante.
OSCAR: Em 1991, o Silêncio dos Inocentes conseguiu uma façanha - ganhou todos os 05 principais prêmios: Filme, Direção, Ator (Anthony Hopkins), Atriz (Jodie Foster) e Roteiro. Para mim única ressalva realmente é com Anthony Hopkins, apesar de concordar que a atuação é brilhante, o seu papel tem pouco tempo de tela e para mim não é o centro da história, logo ele é coadjuvante.
Venceu 05: Filme, Direção, Ator (Anthony Hopkins), Atriz (Jodie Foster) e Roteiro Adaptado.
Indicado também em: Edição e Som.

NOTA: 09 - poucos filmes transitam entre os gêneros policial, suspense e terror tão bem como esse!

Dança com Lobos



SINOPSE: O ano é 1863, os EUA enfrentam a Guerra de Secessão - guerra civil, na qual os estados do norte enfretam os estados do sul. Um coronel, John Dubar (Kevin Costner), cansado de tudo, ferido físico e psicologicamente, tenta escapar daquele horror da maneira mais simplória de todas: o suicídio. Além de falhar na tentativa de se matar, acabar conseguindo uma viagem para os confins dos EUA. Lá, solitário, sem ninguém com quem conversar, resolver "fazer novos amigos". E passa a viver no meio de uma tribo indígena, na qual muda seu nome para "Dança com Lobos" e aprende uma nova forma de encarar o mundo.

MINHA ANÁLISE: Nos quesitos técnicos, o filme é irrepreensível: figurino de época, locações grandiosas, trilha sonora épica. Tudo no filme é gigantesco. Um verdadeiro épico. Mas falta a ele algo fundamental: coração. Simplesmente nada acontece. É um filme altamente lento que demora para engrenar (se é que o faz em algum momento). A história simplesmente não me prendeu, vi um pôr-do-sol belíssimo, lindas campinas, mas nada além disso. São 3h de tédio. Vemos Kevin Costner conversando com um lobo, depois montando um cavalo, fazendo comida, tomando banho, conversando com um índio, montando novamente o cavalo, passando frio, comendo, tomando banho, etc etc. Cadê a ação, onde está o movimento? É um filme altamente introspectivo, para aqueles que gostam... não é o meu caso. Na tentativa de fingir que alguma coisa minimamente interessante está ocorrendo na tela, durante alguns minutos de projeção, vemos uma batalha entre tribos rivais; uma luta entre os indígenas e os soldados americanos; e só, tudo isso num filme de 180 minutos. Poderia ser um grande filme se tivesse 1h30 mas com 3h... você dorme, acorda, dorme, acorda de novo e o máximo que aconteceu na tela foi o personagem principal ter descoberto que búfalo na língua indígena se diz tatanka.

MELHOR CENA: Falando em búfalos, essa é a melhor cena do filme - a caçada aos búfalos. É perfeita, muito bem realizada; os búfalos são reais, não são aquelas criaturas computadorizadas tão comuns nos dias de hoje. Kevin Costner, montado em seu cavalo, cavalga por uma enorme planície com uma arma em mãos, atravessando uma manada de búfalos que corre desesperadamente. Nossa! A cena é linda, dá de 10 a 0 em muita luta de super-herói. No entanto, não é suficiente para tornar o filme interessante.

OSCAR: E o ano é 1990. Dança com Lobos leva os principais prêmios. Porque? Porque é um filme de ator. A Academia adora quando um ator se sobressai não apenas na atuação, mas também na direção, produção, como é o caso neste filme. Kevin Costner carrega o filme nas costas, não há uma única cena em que ele não esteja presente. Além do protagonista, Costner é o diretor e o produtor do filme. O filme é realmente dele.
Venceu 07: Filme, Direção (Kevin Costner), Roteiro Adaptado, Edição, Fotografia, Som e Trilha Sonora.
Indicado também em: Ator (Kevin Costner), Ator Coadjuvante (Graham Greene), Atriz Coadjuvante (Mary McDonell), Figurino e Direção de Arte.

NOTA: 03 - Chato! Entediante! Um dos piores vencedores do Oscar de melhor filme. Filme para quem tem insônia e quer dormir logo.